Promessa de Ano Novo

Escrever mais no blog.

Melhores do ano

Melhor CD: Labiata, Lenine
Melhor música: É o que me interessa, Lenine e Não é proibido, Marisa Monte
Melhor livro: Filho Eterno, Cristovão Tezza
Melhor guloseima: Brigadeiro da Maria Brigadeiro
Melhor show: Música Clássica na Igreja Saint julien de Pauvre, em Paris
Invenção de moda: chiclete Ice, iogurte Ice, bala Ice ...

Vergonha alheia

Cena curiosa na sala de espera da ginecologista. A mãe não cabia em si de contentamento por levar as filhas de 15 e 16 anos pela primeira vez ao médico. Ela pegava os exames das teens e exclamava "Nossa, vocês são lindas também por dentro. Olha, tudo perfeitinho." Vergonha alheia generalizada.

Quatro estações

Lendo: O vinho mais caro da história
Ouvindo: Cartola
Cheirando: Panetone
Comendo: frutas secas

Abuso

Peguei abuso de duas expressões muito utilizadas neste fim de ano:
"Save the date"
"Garage Sale"

As rosas de Tony

Melhor momento musical do ano: Tony Gordon cantando "As rosas não falam"no show em homenagem aos cem anos de Cartola. Inesquecível.

Gosto de infância

Suco de groselha e água de rosas do restaurante 62. Lembra raspadinha...

Sobre moda

É certo que a moda brasileira deu um salto de qualidade nos últimos anos. Criadores amadureceram, surgiram eventos, atraimos o olhar do mundo. No entanto, falta seriedade a quem circula ao redor desta indústria. Tem muita gente querendo se aproveitar. Moda é coisa séria. Como levar a sério um prêmio - o Moda Brasil - no qual jurados também concorrem em muitas categorias?

Analista político

Melhor análise política da temporada vem de uma criança de nove anos: "Vó, o Kassab vai casar com o Serra?"

Inspirações saudáveis

Pela centésima vez na minha vida, estou acompanhando as dicas de uma nutricionista. Meu empenho, desta vez, é tentar adaptar minha rotina aos alimentos mais saudáveis. Isto significa muita organização, ter alimentos frescos em casa e saber o mínimo de forno e fogão. Nas minhas pesquisas me deparei com dois aliados:
1) O livro "Receber sem Stress", de MônicaVarella, que, além das dicas de anfitriã, dá receitas simples e práticas.
2) O novo blog de Rita Lobo, do site Panelinha, também anda me inspirando. http://panelinha.ig.com.br/site_novo/meuBlog/oneisfun

Brincadeira de criança

É primavera e São Paulo está lotada de ipês roxo. Quem contar mais ipês na rua ganha. E viva a primavera!

Memória sensorial

Muitas vezes eu sinto saudade olfativa. É assim: sinto um cheiro e tenho uma lembrança. Custo a fazer a associação, a lembrar ao que o cheiro me remete. Fica a saudade de não sei o quê. Ontem foi diferente. No trabalho, peguei um chá de uma colega - chá matte natural, simplezinho, normal. Mas quando tomei o primeiro gole e senti o aroma, viajei para a infância. Era o cheiro do acampamento Rancho Ranieri. Lembra, Resson?

Loft real

Recentemente, vi uma matéria em uma grande revista sobre como é morar em lofts. A reportagem mostrava vários apartamentos com esse estilo, destacava a decoração e o estilo de vida dos moradores. Como morei em loft, posso dar um depoimento. Acrescentaria na matéria as seguintes informações que podem dar um banho de realidade na moradia cool:
1) Cozinhar em um loft pode significar ter de conviver com o cheiro do rango por todo o dia - ou noite
2) Limpar os janelões exige equipamento e mão de obra especializada. Pense em escada e escovão gigantes e um voluntário de bem com a vida para topar a empreitada
3) O barulho da geladeira deve embalar o seu sono, por mais que a sua seja da última moda
4) As experiências gastronômicas podem ficar limitadas pela falta de forno, já que na maioria desses edifícios é usado o cooktop

Sobre avó

Ouvi na manicure, minha mãe disse que é conhecida, parece que a autoria é de Ziraldo. Mas o que importa é que adorei:

"Avó é mãe com açúcar."

Marketing da exclusão

Uma jornalista escreveu em um jornal paulistano que Itaú deveria repetir a dose e juntar Caetano e Roberto Carlos novamente nos palcos. Ela deve ter recebido convite para ir ao show. Itaú deve ter ficado satisfeito com a cobertura da imprensa e as dezenas de fotos de celebridades que foram ao convescote musical. E deve ter rejeitado a insatisfação da maioria dos "normais"que não conseguiu ingresso ou se recusou a ficar pendurados no telefone para comprar pela internet. Na contramão dos gurus mercadológicos, a instituição tratou seus verdadeiros clientes ou potenciais clientes como fantasmas. A instituição pode argumentar que foi um golpe de imagem, que vale a pena ter seu nome atrelado a três estrelas da música em uma iniciativa inédita. Pelas conversas entre bossa novistas, foi um golpe na imagem do banco, que deixou a sensação de instituição antipática e excludente.

Certeiro

"O que é luxo pra você?
Tudo aquilo que é escasso, que não se pode comprar porque é gratuito e é preciso descobrir. Como o silêncio e a solidão voluntários; o tempo e o espaço disponíveis sem cálculos ou metas. A conversa fiada. O frescor de uma sombra ou um copo d'água depois de passar calor ou sede. Toalhas macias e felpudas para secar-se. Uma cama branca, ainda imaculada, que provoque sono a um simples olhar. Uma caminhada apenas pelo prazer de descobrir algo da vida de outros povos. O lado bom do inesperado."

Essa resposta foi dada pelo arquiteto chileno German de Sol à jornalista Maria da Paz Trefaut em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Quatro sentidos

Ouvindo: Pictures of you, The Cure
Cheirando: aroma de casa nova
Lendo: A eternidade e o Desejo, Ines Pedrosa
Comendo: bala Dadinho

Sex and the city

Finalmente assisti ao filme Sex and the City. Adorei e aqui vão as razões:
1- porque fui com minhas irmãs
2- porque é um desfile de moda
3- porque fiquei triste e feliz
4- porque ri muito e não chorei
5- porque fala de amor
6- porque fala de velhas e novas amizades
7- porque lembrei das minhas amigas
8- porque charlotte engravidou
9- porque lembrei que na vida não temos garantia de nada e, mesmo assim, tudo vale a pena

Sem fronteiras

Declaração da minha escritora preferida, a portuguesa Inês Pedrosa, em passagem pelo Brasil sobre seu mais novo livro que é ambientado no País:

É possível enxergar o livro como uma declaração de amor ao Brasil?
Creio que sim. O amor, como a literatura, não tem exterior.

Causa própria

A melhor propaganda dos últimos tempos. É sobre o shampoo infantil para cabelos cacheados da Johnson's .
http://br.youtube.com/watch?v=0elH9pXg1BU
Vai que vale a pena!

Se você está apaixonado por mim...

A revista Marie Claire pediu a alguns homens para completar a frase "Se você está apaixonado por mim..." Reproduzo o que Nando Reis escreveu:
"Querida, quando eu estiver triste simplesmente me abrace. Quando eu estiver louco subitamente se afaste. Quando eu estiver fogo suavemente se encaixe. E quando eu estiver bobo sutilmente disfarce. Mas quando eu estiver morto suplico que não me mate de dentro de ti. Eu

Tecno-lixo

Alguém sabe o que fazer com carregadores de celulares antigos? Tá virando coleção...

Felicidade é escolha

"Se não pareço deprimido como deveria, desculpe por desapontá-los. Não sei viver sem ser feliz." A frase é de Randy Pausch, professor de Ciência da Computação, que foi escolhido para proferir a palestra A Último Lição, na Universidade Carnegie Mellon em Pittsburgh. A aula é uma tradição americana. O convidado tem de imaginar que está perto da morte e deve ensinar algo valioso aos alunos. No caso de Pausch, não era simulação. Antes de ser convidado para dar a palestra ele foi diagnosticado com câncer. Proferiu um discurso memorável, que virou livro.

Agenda de telefone

Comprei uma agenda de telefone. Encapada com um belo tecido, clássico, sério, chique. Acho que sou a única pessoa no mundo que, na era dos celulares superpontentes, compra agenda de telefone de papel, dividida pelo abecedário. Gosto de papel e de escrever à mão. Me atrapalha procurar o nome da pessoa na tela do celular. A agenda de telefone de papel encapada com tecido é para a vida toda, reunião de todas as pessoas que passaram e passarão pela minha vida. Já os celulares, ao contrário, simbolizam o fugáz, o efêmero, o descartável.

Lar

Mudar de casa é um misto de prazer e stress. São quilos de decisões a serem tomadas. Cor do carpete, marca da tampa da privada, luminária do quarto, mesa de jantar, puxador da gaveta estão no balaio de definições. Tudo fica mais difícil ainda quando trata-se de uma canceriana, que lida com o lar como se fosse um refúgio confortável e blindado. Como decidir agora as almofadas? E se eu me deparar com A almofada daqui três meses? Lar se faz com o tempo. Um pouquinho a cada dia.

Juno

Muito se falou sobre a simplicidade de Juno, filme que mostra os desafios da gravidez na adolescência. Produção barata e fama boca-a-boca colocaram o filme no mesmo balaio que Pequena Miss Sunshine. Não li todas as críticas sobre o filme. Mas, para mim, de simples ele não tem nada. A decisão de doar o filho para uma "família" que não consegue engravidar é um soco no estômago. Gera muita reflexão, sensação de compaixão, arrepio, admiração, raiva... Não saí do cinema levinha como imaginei.

Ruminações de uma pessoa em dieta

Estou fazendo dieta. Isso não é nem um pouco novo, nem de longe é minha estréia. Mas estou fazendo dieta com médico e tudo, menos remédio. Tenho considerações mil. Quem souber, me responda:

1) Por que na maioria dos cardápios salmão só vem com legumes a vapor. Cansei. Não dá pra ter outro acompanhamento?
2) Por que comida quente dá mais conforto ( e enche mais a barriga) do que comida fria? Não aguento mais comer salada.

Revista de design

Para quem gosta do assunto ou quer simplesmente ler bons textos sugiro a revista Agitprop(www.agitprop.com.br), lançada por feras do assunto, Ethel Leon, Gilberto Paim e Marcello Montore.

Herança literária

Segui uma sugestão bacana. Fui atrás do livro que marcou minha infância. O meu é "De repente dá certo", de Ruth Rocha. Não lembrava que ela era a autora, e não sabia que ainda era editado. Fiz aquela busca básica na internet e... surpresa... a mesma capa. A idéia é comprar, ler novamente e dar para minha sobrinha de 8 anos.

Quatro sentidos

Lendo: Ultrametabolismo
Ouvindo: Tim Maia e Marina de La Riva
Cheirando: Narciso Rodrigues For Her
Comendo: Bala de leite do meu baleiro

Sobre escolhas

Meu pai ganhou uma cafeteira. Daquelas que trazem dezenas de sachês variados de café. Acompanha manual e cardápio. Saber manusear e escolher faz parte do pacote. E veio a reflexão: nem mais o simples cafezinho é uma escolha simples. O bebedor tem de saber se quer forte, mais ou menos forte, descafeinado, fraco, médio ou nada disso. Estafante. Sobre escolhas escreve hoje Contardo Caligaris na Folha. O colunista refere-se ao livro O Paradoxo da Escolha, Por que Mais é Menos", de Barry Schwartz. Diz Contardo: "Schwartz chega a imaginar que a epidemia de depressão das últimas décadas tenha uma relação com a multiplicação das escolhas possíveis e, portanto, com a insatisfação crônica de nosso lado maximizador. Obviamente, os que sabem se satisfazer vivem melhor. Conclusão de Schwartz: o excesso de liberdade nem sempre é bom." Depois de levar a discussão para o campo amoroso ele conclui: "Amar tem mais a ver com "encontrar" do que com "escolher". "